Pode parecer estranho falar que a psicopatia como algum "diferencial" profissional, algo que lhe auxilie a se destacar na carreira. Afinal, quando se fala neste tipo de transtorno o mais comum é encontrarmos casos em que indivíduos utilizaram deste comportamento para cometer terríveis atrocidades, crimes exaustivamente abordados pelo cinema que continuam a nos deixar de cabelo em pé. Contudo nem sempre estes comportamentos psicopáticos são tão prejudiciais assim.
Nem todos os psicopatas são serial killers. Existem graus leves e muito brandos desta conduta anti social, não apresentando perigo concreto à sociedade, pelo menos à primeira vista. De modo geral (e um tanto quando simplista), a psicopatia tem como principal característica a violação aos direitos alheios: sua frieza, manipulação, agressividade, ausência de sentimentos e egocentrismo complementam o perfil, influenciando de forma diferente a vida de cada indivíduo, dependendo da história pessoal que carregamos.
Nem todos os psicopatas são serial killers. Existem graus leves e muito brandos desta conduta anti social, não apresentando perigo concreto à sociedade, pelo menos à primeira vista. De modo geral (e um tanto quando simplista), a psicopatia tem como principal característica a violação aos direitos alheios: sua frieza, manipulação, agressividade, ausência de sentimentos e egocentrismo complementam o perfil, influenciando de forma diferente a vida de cada indivíduo, dependendo da história pessoal que carregamos.
Sob um olhar psicanalítico, talvez possamos dizer que a falta de empatia, insensibilidade e outros sentimentos de essência destrutiva não ajudam muito ao bom equilíbrio emocional. É preciso encontrar formas saudáveis de expressar estas emoções sem buscar determinar o mundo (e do que dele participa) de acordo com seu ego, abandonando de vez as fantasias infantis. Mas pára por aí.
Observando pelo lado profissional temos justamente o contrário - toda forma de poder passa pela satisfação primitiva de desejos egocêntricos para atingir o sucesso na carreira. Neste caso, digamos que uma "psicopatia moderada" não faz mal à ninguém, "pelo menos à primeira vista". Um paradoxo.
Claro que características como a assertividade, autoconfiança, carisma e audácia são fundamentais ao desenvolvimento profissional. No entanto, o problema começa quando são revelados os objetivos destas atitudes, nem sempre em benefício da equipe. Psicopatas são especialistas em explorar fraquezas dos outros e transformá-las em algo a seu favor, fazendo com que sua promoção, aumento de salário ou qualquer outro desejo pessoal seja satisfeito, não importando os meios para tanto.
Sua agressividade nos negócios sempre vem acompanhada de forte persuasão, alterando projetos em proveito próprio; seu carisma e aparente empatia faz com que as pessoas certas estejam posicionadas estrategicamente ao seu lado quando este precisar; sua ousadia por vezes não reflete diretrizes da cultura organizacional, mas a falta de atenção para dilemas éticos e morais inerentes à nós, pessoas normais.
Observando pelo lado profissional temos justamente o contrário - toda forma de poder passa pela satisfação primitiva de desejos egocêntricos para atingir o sucesso na carreira. Neste caso, digamos que uma "psicopatia moderada" não faz mal à ninguém, "pelo menos à primeira vista". Um paradoxo.
Claro que características como a assertividade, autoconfiança, carisma e audácia são fundamentais ao desenvolvimento profissional. No entanto, o problema começa quando são revelados os objetivos destas atitudes, nem sempre em benefício da equipe. Psicopatas são especialistas em explorar fraquezas dos outros e transformá-las em algo a seu favor, fazendo com que sua promoção, aumento de salário ou qualquer outro desejo pessoal seja satisfeito, não importando os meios para tanto.
Sua agressividade nos negócios sempre vem acompanhada de forte persuasão, alterando projetos em proveito próprio; seu carisma e aparente empatia faz com que as pessoas certas estejam posicionadas estrategicamente ao seu lado quando este precisar; sua ousadia por vezes não reflete diretrizes da cultura organizacional, mas a falta de atenção para dilemas éticos e morais inerentes à nós, pessoas normais.
Nós, os normais... será mesmo?!
Existem diversas pesquisas neste sentido, revelando resultados tão surpreendentes quanto os longa-metragens baseados em fatos reais. Em 2010, o psicólogo Paul Babiak entrevistou 203 executivos em sete empresas, todos de alto escalão: 3,9% deles poderiam ser diagnosticados como psicopatas.
Em 2005, as psicólogas forenses Belinda Board e Katarina Fritzon compararam suas entrevistas com executivos bem-sucedidos aos perfis de um grupo de detentos da ala de segurança máxima do Hospital Psiquiátrico de Broadmoor, na Inglaterra. Na ocasião, foram identificados três desordens de personalidade comuns entre ambos os grupos: comportamentos obsessivos-compulsivos (perfeccionismo, autoritarismo), narcisismo (preocupação em ser bem visto pelos outros, mas desatenção quanto ao bem estar destes) e transtornos de ordem histriônica - a conhecida manipulação para chamar a atenção para si.
Existem diversas pesquisas neste sentido, revelando resultados tão surpreendentes quanto os longa-metragens baseados em fatos reais. Em 2010, o psicólogo Paul Babiak entrevistou 203 executivos em sete empresas, todos de alto escalão: 3,9% deles poderiam ser diagnosticados como psicopatas.
Em 2005, as psicólogas forenses Belinda Board e Katarina Fritzon compararam suas entrevistas com executivos bem-sucedidos aos perfis de um grupo de detentos da ala de segurança máxima do Hospital Psiquiátrico de Broadmoor, na Inglaterra. Na ocasião, foram identificados três desordens de personalidade comuns entre ambos os grupos: comportamentos obsessivos-compulsivos (perfeccionismo, autoritarismo), narcisismo (preocupação em ser bem visto pelos outros, mas desatenção quanto ao bem estar destes) e transtornos de ordem histriônica - a conhecida manipulação para chamar a atenção para si.
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